Quando estudamos a história de Angola devemos ter a serenidade de aceitar os factos.
O que aconteceu no tempo colonial, tem de ser analisado e contextualizado há época.
Quando se fala da descriminação, dos privilégios dos colonos da triste história dos contratados, temos de encarar tudo isto – colonos e colonizados, brancos e negros - não numa perspectiva de julgamento com base numa visão moderna porque isso é distorcer a própria história. Devemos apenas constatar os factos históricos. Por muito que custe a uns e outros, relatar, descrever a realidade do passado histórico de Angola, não é exorcizar fantasmas, mas sim evitar que eles nunca mais regressem.
Branquear a história é ocultar a verdade e isso é perigoso, porque impossibilita à humanidade de evitar erros do passado. O mundo está repleto de exemplos desses.
«Julgar o passado pelos seus aspectos negativos e encarando
prismas de acção modernos, traduz um falso pressuposto, porque nem
o passado deixa de ser motivo de reflexão, nem o presente consegue es-
conder a força histórica que agigantou um povo» *)
*) – Prof. Joaquim Veríssimo Serrão, História de Portugal, I vol.
1977, pág. 16.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
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