O Livro

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Apresentação do Livro CHICORONHO

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FNAC Algarve - 24/01/2010

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Eu sou dono do meu destino, eu sou o capitão da minha alma.

Eu sou dono do meu destino, eu sou o capitão da minha alma.


Esta é a frase que acompanha o filme Invictus, baseado numa história real que, ao contrário do que se pensa, não é sobre rugby, mas sobre a liderança de um homem que chegou ao poder na hora certa, no lugar certo.

Acabei de ver o filme e não pude ficar indiferente, com a certeza de que se o meu país tivesse tido um líder como o homem retratado no filme Invictus, hoje estaria a escrever este blog, talvez no povoado da Huíla, terra que viu nascer os meus antepassados, ou em Kalukembe, terra que me viu nascer.

O homem reflectido neste filme existiu e não se deixou influenciar por pensamentos e ideologias longínquas e contranatura à alma africana.

A frase suprareferida é um dos pensamentos dos muitos, sabiamente transmitidos pelo homem que evitou uma guerra étnica e uma guerra rácica no seu país, conseguindo contrabalançar a vingança dos negros e a debandada dos brancos temerosos!

Invictus é um filme que aconselho a todos, sem excepção. Se muitas vezes perdemos tempo com actividades inúteis, acreditem que desta vez será ganhar tempo, ou melhor, ganhar sabedoria de como se pode liderar, sem apelos a sentimentos de vingança, de ódios rácicos ou étnicos.

Como se visiona no filme (e como aconteceu na realidade), após a eleição do mencionado homem como presidente do seu país, no seu primeiro dia de trabalho, ele deslocou-se ao “seu” Palácio Presidencial e reparou à medida que caminhava pelas dezenas de gabinetes, que os brancos estavam todos a arrumar os seus objectos pessoais e profissionais. Os brancos estavam certos que seriam expulsos das suas funções, bem como do seu país.

Os pensamentos dos brancos tinham razão de existir, já que, foram eles que criaram em 1948 o sistema mais rácico que algum país de África viveu. A esse sistema designaram de APARTHEID – palavra Apartheid é uma palavra do africânder e significa “separação" – sistema adoptado legalmente para designar um regime segundo o qual, os brancos detinham o poder e os povos restantes eram obrigados a viver separados dos brancos, de acordo com regras que os impediam de ser verdadeiros cidadãos. Foi este regime que prendeu no passado, o homem que acabara de ser eleito em 1994 presidente do seu país. Decorria o mês de Agosto de 1962, quando teve a primeira sentença de 5 anos de prisão por viajar ilegalmente para o exterior e incentivar greves, tendo sido a mesma agravada para prisão perpétua em 2 de Junho de 1967. Só foi libertado no dia 11 de Fevereiro de 1990.

Por outro lado, os brancos africanos assistiram às independências dos seus países vizinhos, nos quais, eclodiram guerra civis fratricidas que duraram dezenas de anos e onde os brancos foram estrategicamente “assustados” , renegados e “expulsos” da terra que os viu nascer.

Assim, a estes brancos da África do Sul, de acordo com o regime que criaram e de acordo com a história dos povos vizinhos, só lhes restava uma possível guerra civil e/ou uma fuga para fora do seu país.

Por isso os brancos que trabalhavam no Palácio Presidencial estavam de «mala e kuia», prontos para serem expulsos das suas funções.

Quando o mencionado Presidente chega ao seu gabinete, chama a sua secretária e pede-lhe para convocar de imediato uma reunião com todos os funcionários.

Os brancos pensaram «quer-nos dizer pessoalmente que estamos despedidos, para mostrar que agora são eles (os negros) que mandam».

O Presidente entrou na sala repleta de funcionários (os negros presentes eram todos novos nas sua funções), a maioria era de cor branca. A ansiedade era elevada.

O discurso do Presidente simplesmente deixou sem palavras, brancos e negros, porque ele acreditou e defendeu que o seu país só poderia ter futuro com a contribuição de todos, sem excepção e pediu aos brancos que quisessem acompanhá-lo na árdua tarefa de unir e desenvolver o país, para integrar a sua equipa presidencial. Esta foi a sua primeira medida de muitas, que veio a tomar.

A superioridade deste Presidente africano contrastou em absoluto, com a maioria de todos os outros. Ele evitou uma guerra civil, ele evitou a «debandada» dos quadros do seu país e com isso, evitou o abrupto empobrecimento da Nação e a deflagração da miséria generalizada. E sobretudo, permitiu que os filhos da terra pudessem continuar a viver na sua terra, a única que conheceram como sua!

Se todos os países africanos fossem abençoados com um presidente deste nível intelectual e espírito humanista como foi a Nação da África do Sul, hoje o continente africano seria tudo o que não é hoje.

Por isto e muito mais, não percam o filme produzido por Clint Eastwood que, de forma sublime, homenageia um dos seres humanos mais maravilhoso que o século XX e XXI conheceu e conhece – Nelson Mandela.

3 comentários:

  1. * "Sou o senhor do meu destino; / Sou o capitão da minha alma."

    - I am the master of my fate: I am the captain of my soul.

    esta frase é parte do poema Invictus de

    William Ernest Henley, (23 de agosto de 1849, em Gloucester, Gloucestershire, Inglaterra - 11 de julho de 1903, em Woking, Surrey, Inglaterra), escritor britânico.


    Invictus

    Do fundo da noite que me envolve
    Escura como o inferno de ponta a ponta
    Agradeço a qualquer Deus que seja
    Pela minha alma inconquistável

    Nas garras dos destino
    Eu não vacilei nem chorei
    Sob as pancadas do acaso
    Minha cabeça está sangrenta, mas ereta

    Além deste lugar tenebroso
    Só se percebe o horror das trevas
    E ainda assim, o tempo,
    Encontra, e há de encontrar-me, destemido

    Não importa quão estreito o portão
    Nem quão pesado os ensinamentos
    Eu sou o mestre do meu destino
    Eu sou o comandante da minha alma

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  2. Não importa o quão estreito seja o portão,
    quão repleta de castigos seja a sentença,
    eu sou o dono do meu destino,
    eu sou o capitão da minha alma"(=';'=) elieltony(tony)

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  3. ASSISTI AO FILME INVICTOS VARIAS VEZES, E ASSISTIREI NOVAMENTE. A HISTÓRIA CONTADA NELE ENSINA MUITO A TODOS DO MUNDO TODO, BASTA QUEREREM FAZER AS COISAS CORRETAMENTE. QUEM DERA QUE TODOS OS LÍDERES POLÍTICOS PENSASSEM COMO ELE, O MUNDO SERIA UM LAR PACIFICO PARA TODOS OS SERES VIVOS.

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