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Apresentação do Livro CHICORONHO

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FNAC Almada - 17/04/2010

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FNAC Algarve - 24/01/2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Os Falsos Angolanos!

Falsos Angolanos


Ser angolano não é nascer necessariamente em Angola, ser angolano é amar Angola com as suas virtudes, mas também com os seus defeitos.

Conheço muitos negros, mulatos e brancos nascidos em Angola e que por isso se consideram angolanos, que só falam maravilhas da Angola portuguesa e só falam mal da Angola de hoje a independente, a verdadeira, a genuína. Estes não são angolanos, mas portugueses nascidos em Angola.

Conheço negros, brancos e mulatos, alguns apenas viveram em Angola, outros nasceram lá mas não vivem lá. Estes falam da Angola Portuguesa com o realismo histórico, mas falam sobretudo da Angola de hoje com entusiasmo e esperança, próprio de quem ama de forma incondicional a sua terra de coração. Esses são os Angolanos, nascidos e não nascidos em Angola.

Como distinguimos uns dos outros?

É fácil, basta estarmos atentos ao discurso. Por exemplo:

Enaltecer os grandes feitos dos portugueses militares que estiveram em Angola ou dizer que não havia racismo e a prova era os filhos de muitos brancos com negras ou dizer que agora é que há exploração dos negros, ou dizer que agora é que os negros vivem mal ou dizer que no tempo deles os negros viviam melhor ou dizer que os negros tinham exactamente as mesmas oportunidades que os brancos ou ainda considerar a escravatura portuguesa como boa e menos má comparada com a de outros países. Este tipo de discurso é próprio dos portugueses nascidos em Angola

Estes portugueses não aceitam que não há escravatura boa ou menos má porque escravatura é escravatura, ponto. Também não aceitam que foram os portugueses que inventaram a escravatura transatlântica, e essa nódoa, ninguém tira aos portugueses. Por norma ignoram que a escravatura perdurou ao longo do século XX mas, com outro nome – contratados. Ignoram também que hoje os negros nas escolas públicas são maioria e no tempo colonial eram minoria. Também lhes custa aceitar o actual desenvolvimento de Angola, porque tal facto deita por terra um velho pensamento racista – sem os brancos Angola está condenada ao fracasso e à miséria.

Não é difícil identificar os falsos angolanos!

4 comentários:

  1. engraçado ninguem comentou. talvez porque Rodrigues Caluquembe disse coisas muito certas e outras muito erradas.

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  2. Talvez isto ajude o Caluquembe a entender os que considera Portugueses nascidos em Angola, sabe ser este tip de Angolado é dificil porquecomo não tem complexo de colonisado vem as coisas enquadradas no ambito de historico e de desenvolvimento. um Exº, em portugal antes dos anos 60 tambem havia uma grande parte de portugueses em Portugal que não iam á escola, sabia? outra o que é mais condenavel? o Portugues que vende escravos ou o preto que caça seus irmãos para vende los aos brancos? enfim o que passou, passou, restanos recordar para não repetir os mesmos erros, apenas para isso e não para istar contra a Angolanidade de cada um.

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  3. É isso mesmo, o Rodrigues Caluquembe, diz coisas certas e coisas muito erradas. Por exemplo, quanto a escolas públicas, desconhece que em muitas povoações, por pequenas que fossem, ex: quimbos, existiam escolas publicas. Nas escolas que eu frequentei, a maioria era raça negra. É hora de todos juntos lutarmos por um mundo melhor pois todos cometemos erros independentemente da raça. O passado apenas serve para mudar o presente e futuro não para acusações ofensivas a pessoas que realmente amaram Angola.

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  4. A confirmar o comentário anterior, aconselho o Rodrigues Caluquembe a consultar o Volume II - "Recordar Angola",de Paulo Salvador, página 115.

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